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terça-feira, 11 de outubro de 2011

Maconha aumenta risco de depressão, diz pesquisa


Drogas
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Probabilidade de desenvolver a doença é agravada com o consumo da droga por jovens vulneráveis a quadros depressivos
Quem fuma maconha corre o risco de desenvolver distúrbios graves, como esquizofrenia e psicose. Uma nova pesquisa feita na Holanda adiciona mais um problema causado pela droga. De acordo com um estudo feito no Instituto de Ciência Comportamental da Universidade Radboud de Nijmegen, na Holanda, a droga aumenta o risco de desenvolver sintomas depressivos em jovens geneticamente vulneráveis. A pesquisa foi publicada na versão online do Addiction Biology, periódico científico da Sociedade Britânica para o Estudo da Dependência.
CONHEÇA A PESQUISA
Título original: Testing bidirectional effects between cannabis use and depressive symptoms: moderation by the serotonin transporter gene
Onde foi divulgada: revista Addiction Biology Online
Quem fez: Roy Otten
Instituição: Instituto de Ciência Comportamental da Universidade Radboud de Nijmegen, na Holanda
Dados de amostragem: 310 adolescentes, por 4 anos
Resultado: O estudo mostrou que o consumo de maconha aumentou os sintomas depressivos nos adolescentes geneticamente vulneráveis.
A maioria da população é vulnerável. Segundo o estudo, duas em cada três pessoas apresentam uma variação no gene transportador de serotonina, um neurotransmissor também conhecido como 5-HT. Tal variante pode ser responsável por tornar uma pessoa mais sensível a desenvolver depressão.
A pesquisa recolheu, durante quatro anos, informações de 310 adolescentes. A cada ano, os jovens responderam questões sobre assuntos como comportamento e sintomas de depressão. A variação do gene da serotonina foi determinante para os resultados: o consumo de maconha aumentou os sintomas depressivos nos adolescentes que apresentavam tal variante.
"Esse efeito da droga é forte, mesmo se levarmos em conta uma série de outras variantes que causam a depressão, como uso de álcool, personalidade e situação socioeconômica. Algumas pessoas podem pensar que jovens com disposição a depressão comecem a consumir maconha como uma forma de automedicação e que a presença de sintomas depressivos seja o fator que leve ao consumo da droga. Entretanto, nesse estudo a longo prazo, mostramos que não é o caso”, diz Roy Otten, principal autor da pesquisa.
Em estudo feito pelo IBGE em 2009, 8,7% dos estudantes entre 13 e 15 anos disseram já haver experimentado alguma droga ilícita. Na Holanda, onde foi feita essa pesquisa, o uso de maconha entre jovens é expressivo: 12% dos adolescentes de 16 anos disseram ter usado maconha ao longo do mês anterior. Além de um pior desempenho escolar, o uso da droga pode aumentar o risco de desenvolver esquizofrenia e psicose.
Para os pesquisadores, conhecer os efeitos negativos do consumo de maconha é importante, pois, para um grande número de pessoas, entre outros prejuízos, seu uso pode aumentar o risco de depressão a longo prazo.

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